domingo, 17 de julho de 2011

Das muitas coisas que se perderam, nos últimos tempos ( entre entradas e saídas, chegadas e partidas ) foi a máquina fotográfica. Já estava gasta, é certo, mas ainda ia servindo muito bem para o que lhe era pedido. O pc também está nos ultimos suspiros. Só já trabalha quando quer e como quer, o que é uma coisa fantástica para um portátil com quase 10 anos ( surpreendo-me como ainda trabalha com a quantidade de lixo que por lá se acumulou). Sobra-me o telemóvel, a saltar-lhe a tampa a cada 2 horas e que mais dia menos dia vai ser substituido por um do tempo da guerra. Em guerra, é assim que parece estar tudo. Mas é o telemóvel que ainda me vai mantendo " ligada" pelo menos a algumas das coisas que mais gosto de fazer. É certo que não tem flash, mas lá vou conseguindo "apanhar" qualquer coisa.
Lembrei-me da caixa de música ( esta salvou-se, um pouco desengouçada, mas salvou-se) e de como a nossa vida é como uma caixa de música. Passamos o tempo a dar à corda para ouvirmos um pouco de música que nos satisfaz à primeira, à segunda...depois ficamos nostalgicos, depois percebemos que vai ficar a faltar sempre um trecho e no fim ficamos indecisos, sem saber se devemos ou não voltar a dar à corda.
À quem acredite que por ser "metálica" a cadência não é sempre igual. Eu já me contento por saber que não a perdi, e se quiser um dia posso voltar a dar à corda, ouvir a melodia e ver os cavalinhos andar à roda, presos no seu pequeno carrocel.

sábado, 9 de julho de 2011

Regressos

É sempre bom regressar a casa. Mesmo que as portas mudem, que as janelas alterem as paisagens, mesmo que os objectos não caibam todos no mesmo lugar, não há como ter um sitio a que se chamar casa e para onde se possa sempre voltar.
Uma porta é apenas uma abertura, mais ou menos fechada, com um número, mas tem sempre dois sentidos. Um para entrar e um outro por onde se poderá sempre sair.