domingo, 26 de maio de 2013

Por terras de cante



Este fim de semana realizei mais um daqueles pequenos sonhos que se tornam importantes para a construção da nossa vida, como caminho in_certo que escolhemos percorrer.
Foi desta que fui ao Alqueva!
Alvo de tantas discussões e até algumas contradições, o grande lago do Alqueva afigurava-se-me como uma estranha ( até meio contra-natura) e megalómana construção no meio da planície. Lembro-me das opiniões e leituras que "consumi" na esperança de encontrar algum consenso que me permitisse formar opinião ( ah! santa ingenuidade!). Na verdade não há nada como ir, ver, ouvir quem sabe, quem usa, quem sabe do que fala e só depois emitir ( ou formar) opinião.




Raios me partam se não consigo ainda ficar absolutamente abismada com o que a engenharia e "carolice"  dos homens consegue construir. Como é que é possível que uma parede de betão consiga conter a força de tanta água... e no entanto ela está lá, presa, espraiando-se pela planície transformando os castanhos, secos e áridos, duma terra que parecia ter sido abandonada pela alma de um povo, em amarelos de aspecto sadio salpicados aqui e ali do vermelho das papoilas e do verde de uma cultura que pretende de novo ter força para surgir... E o grande lago formou-se à força de se conter uma riqueza que é nossa e que podemos e devemos usufruir para manter viva não só a alma mas também aquilo que alimenta o corpo de uma nação. 



Ai Alentejo da minha alma, que agora já não te falta água para dares de comer à nação! Talvez te faltem ainda uma quantidade generosa de homens capazes de te fazer brotar do chão alguma esperança,  que não se cansem facilmente, à primeira contrariedade, correndo para se abrigarem nas mãos do estado ( a que chegámos)  mas isso como tudo o resto também se forma a partir da vontade. 

Por enquanto podemos ir navegando nos barcos de recreio, visitar a marina, produzir energia e encantarmo-nos com esta nova paisagem a perder de vista... Espero que em breve se possa espalhar esta tão grande riqueza fazendo renascer a esperança e a vontade de regressar às terras onde o trabalho pode sempre dar o fruto necessário à nossa sustentação

Digo eu...





quinta-feira, 25 de abril de 2013

Correr pela liberbade




A liberdade, para além de tudo, corre-me nas veias, tal como a alegria. Mesmo que ela se expluda em ataques de raiva mal contidos, quem me sabe levar, leva-me sempre por bem...

Ontem, para celebrar o meu ataque passado, decidi, à última da hora e sem grandes programações ( mesmo como eu acho que as coisas sabem melhor) , ir correr pela liberdade. A passo de tartaruga lá fui, na companhia do meu mais pequeno, que o grande já corre como gente grande! Não é isto nenhuma fábula, por isso, cheguei exactamente como se esperava, na liga dos últimos! de sorriso estampado na cara, porque quem sabe admitir que por vezes erra, também sabe o bom gosto que dá na boca, a humildade de reconhecer aos outros razão...

Se é verdade que até já aos festejos apertaram o cinto, também é verdade que a festa deve estar dentro de nós e se a revolução ainda está a tentar concretizar-se o golpe de estado esse já leva anos que cheguem para a maturidade! Talvez esteja na hora de reformularmos a nossa revolução, de percebermos o que queremos que façam com o nosso pais, o que vamos deixar que moldem, que modifiquem e ao que nos queremos agarrar, como escolha consciente, cientes que das nossas escolhas sairá o bem maior para todos nós, que do meu ponto de vista deve ser o pilar de qualquer estado.

É a nós que cabe a responsabilidade de defender o que é nosso, não a outros! Unidos somos mais, mais fortes, mais seguros! Defender quintas pessoais, por esta altura do campeonato, é um erro em que não devemos deixar-nos cair. É a nacionalidade, o futuro, o sorriso na boca dos nossos filhos que está em causa. Por um sorriso e a felicidade daqueles que mais amo, garanto-vos, dou a volta a este e ao outro mundo! até me sujeito a correr atrás da liberdade =P

( mesmo que chegue em último!  ;D  )

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Uma meia dúzia de anos


Chegaste. Fruto da obstinação que me caracteriza, quase tão bom ou tão mau como se tem de bom ou mau ser teimoso. Marcaste a diferença: as noites, cansadas de choros e preocupações veladas, de um silencio impresso, precioso, sendo rasgadas por outros tantos gritos de quem buscava atenção, passaram para um silencio calmo, que quase preocupava pela serenidade, estranha, da novidade de passarem a inteiras, dormidas.


Trouxeste no sorriso fácil, a simplicidade com que me dás a volta com tão pouco.  Habituada que estava a fazer valer a minha imposição após instantes de luta desafiada, mais e mais, até que tudo acaba com uma capitulação minha, geralmente por cansaço, ou com um estridente puxar de cordas vocais em jeito de ditadura. Tudo para ti é fácil e se não se consegue com um chorinho e olhinhos mansos ou recorrendo a um irmão, mais velho e grande, que saiu à mãe na sua obstinação em fazer valer a posição que defende, não se consegue e ponto! Simples, assim...O ou é tudo ou então não quero nada não vale para ti, és mais pacífico do que toda a tempestade que se consegue fazer dentro do copo de água que é a nossa família e mais teatral ( com os teus olhinhos de mansidão e birrinhas de criança, que sempre serás...) na tua naturalidade mimada.


Suspeito que, na parte que te toca, até ao teu irmão já sabes dar a volta e lutas, pacificamente, pelo teu próprio espaço, encaminhando devagar o pavio curto que provoca por vezes muita chama, só para que se vejam fogos de artifício.

De uma escolha, são vocês o meu grande desafio. Dei-vos o primeiro dia, faremos, enquanto podermos, o resto das nossas vidas. Uns e outros, por seus caminhos, nas diferenças e nas parecenças, juntos, para o que cá houver...


quinta-feira, 4 de abril de 2013

Ser grande ( algo estranho acontece...)



O que queres ser quando fores grande? Qual de nós não respondeu continuamente, vezes sem conta , sempre com a mesma resposta que, aparentemente, parecia fazer sorrisos na cara dos "grandes"?

Preparar as respostas que os outros querem ouvir, também pode ser uma arte...


Fui excluindo, a pouco e pouco, com a capacidade prática que me caracteriza, todas as experiências que não preenchiam os requisitos mínimos para o tal "ser grande" . Se é que se chega alguma vez a tal coisa...

A profissão foi escolhida, após uma exclusão prática de hipóteses, através de uma revista inovadora na altura, a que se dava o nome de Fórum Estudante. Profissão de coração, era o que lhe chamavam, parecia bom para mim! Após as hipóteses clássicas ( para a entrada no lugar que tinha povoado o meu - nosso- futuro como a solução para todos os problemas da vida) lá foi a profissão de coração ( a preencher 2 das 6 hipóteses que nos permitiam) e no fim de tudo aquela que, após as exclusões, mais me fascinava, mas que não tinha qualquer sentido prático: bioquímica.  Sempre me fascinaram os processos químicos que compõe a biologia do ser. As andanças das cargas diferentes para trás e para a frente com todas as suas trocas e transformações lembram-me as alquimias que enfeitiçam os sonhos de magia que temos quando somos criança.

Das disciplinas a que mais me custou abandonar, durante o percurso prático que me definiu, foi a História ( talvez por isso insisto em carregar comigo as histórias que compõem as apertadas malhas da vida - minha, nossa - e do pais)

Quando lá cheguei, sabia tanto ao que ia como quase nada, mas recordo a primeira serenata monumental como o primeiro grande realizar de um sonho, meu. Os planos que fiz, desde o percurso em que o corpo teimou em transformar-se e aumentar descontroladamente, embora com algumas nuances e aproximações, tinham culminado naquele estar ali que era o mais importante.

Terminado o caminho em busca do "...que queres ser quando fores grande?..." fui largada na vida real. Estranho. As promessas de resolução de problemas desfazem-se em muros de preocupações, ocupações e indefinições e tudo parece um ciclone de acontecimentos que são supostamente para ser assim mas que ninguém sabe onde nos irá conduzir... ( não esquecer de não abandonar a parte pratica que sempre me definiu, é o que nos define que nos identifica, ou será ao contrário??)...



... e ninguém nos ensina que não podemos viver tudo outra vez, apagar e fazer de novo. Ninguém nos ensina que o caminho é sempre em frente e que é o próprio caminho que importa e não onde ele vai chegar...

Tentamos viver tudo de novo através dos olhos dos nossos filhos, recuperar os sonhos, a esperança, as possibilidades infinitas de fazer e desfazer, criar, gostar ou não, recriar , acrescentar e reparar, perdoando e comunicando com a facilidade com que se sente tudo à flor da pele. Tentamos acreditar que a vida pode moldar-se e transformar-se no que nós quisermos...

...e subitamente, ou não, depois de tudo isto, foram as crianças que me ensinaram. Elas trazem consigo a luz,  sempre que aparecem.  Cada uma diferente entre si, com diferentes formas de mostrar o que e como sente. Adoro sobretudo a forma como não conseguem separar-se e mesmo assim estão constantemente a demonstrar os ciúmes que têm, a competir pela minha atenção. Mesmo que a minha cabeça esteja cheia de mil uma coisas, mesmo que me façam perder a paciência, sei que me disputam ou me sufocam por que se sentem bem, no ninho que, como vou podendo, construo e reconstruo, melhoro e reformulo, para que se sintam felizes.

Ensino-lhes que o que importa é o caminho, que não importa a formula o que importa é sentir, amar e perdoar e ensinam-me que o que eu quero ser quando for grande é...


manter-me sempre, criança!

terça-feira, 2 de abril de 2013

Light it up Blue!!


Vamos tornar o mundo mais azul!







Dúvidas? Está tudo aqui

Ser Asperger


«Estar sózinho no meio da multidão...
Parece que não ouço.
Que não sinto igual a ti.
Apenas porque estou distraído.
Neste meu mundo fantástico.
Não sou capaz de ser fingido.
E não permito uma mentira.
Mas eu sou igual ti.
Olha bem para mim.
Afinal eu estou vivo.
E moro aqui ao pé de ti.»

Da mãe Mina para Bruno V.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Viagens no Império Romano



Adoro a mitologia greco-romana! Desde miúda que aprecio as intrincadas teias de pensamento expostas em histórias e estórias de vida e vidas que os gregos imprimiram na sua mitologia e que os romanos souberam  apropriar como ninguém, dando à mitologia uma vertente mais aguerrida, mais imperial e que espalharam por um vasto território. Sou visitante mais ou menos assídua de ruínas,  museus e exposições que me contem  um pouco mais sobre a civilização destes senhores. Sou até, como se tem notado ao longo da vida do phomentos, fã de banda desenhada onde estes amigos eram literalmente ironizados nas suas " artes marciais"   .

A nossa zona é rica em vestígios da civilização romana. Para além dos vestígios de ruínas encontradas no recreio da escola primária, também em Troia existem ruínas de uma cidade, que se dedicou à salmoura e onde se pode ver o que resta de uma zona de termas, um mausoléu e uma zona residencial, e que voltou a abrir as portas ao público . Este fim de semana houve um mercado romano e eu fui matar saudades de um local onde não ia há mais de década e meia. É engraçado perceber que com o passar dos anos o tamanho real dos locais que povoam a nossa lembrança se vai reduzindo. Tudo é mais pequeno do que aquilo que me recordava, mas parece estar bem tratado e julgo que só o facto de ter existido esta iniciativa é indicativo que o Troia Resort se interessa pelo local, pela sua conservação e espero pela exploração e estudo de mais vestígios. O Passado é o passaporte para aquilo que somos e seremos. É com o que vivemos que aprendemos a ultrapassar as dificuldades e as questões que se nos põem. É partindo do exemplo que outros deixaram, que construímos o futuro com mais segurança. Para além do que a História é cultura e cultura é identidade...

quinta-feira, 28 de março de 2013

Palavras de Páscoa



Eu sei! Esta não é a melhor altura do campeonato para andar a fazer "publicidade" a coelhos... e também ainda não consegui descobrir o que é que faz o coelho, no meio das celebrações da Páscoa ( mas há tanta coisa que ainda não consegui descobrir...).  O ritual de morte a que se associa a quadra, confesso, não me enche as medidas. Prefiro pensar na Páscoa como época de renascimento.
No antigo testamento, a Páscoa celebrava a fuga dos Judeus da escravidão de que foram alvo no Egipto. Os cristão celebram a morte e ressureição de Cristo - o renascimento, a vida para além da vida - tantas vezes denominada de Paixão. Cristo atravessa o caminho para o calvário, morre, para renascer nos nossos corações. Palavras bonitas e que facilmente se conseguem passar para o dia a dia, basta querer. É o amor que nos dá a vida, é no amor que a vida faz sentido, é através da paixão, que nos sentimos vivos, e a paixão é o sentimento que pomos em tudo aquilo que nos faz sentido: a paixão pela música, pelos livros, pela vida. É de uma paixão que nasce o amor e é o amor que dá sentido à vida. O Homem arranja parábolas, estórias , rituais, para dar sempre as mesmas voltas ao que é essencial. Não são os coelhos, nem os doces, nem as prendas que se dão que fazem as épocas ou significados especiais. É o amor, o tempo e a atenção que dedicamos às coisas e às pessoas que as fazem importantes, especiais. Num tempo em que corremos à procura de tudo e demasiadas vezes o que obtemos é nada, parar e reflectir no sentido da Páscoa talvez seja uma forma de renascermos para o que nos faz sentido. É da união de forças que se faz a grandeza: pelo amor ao povo que caminhava, Moisés separou as águas; pelo amor ao Mestre, alguns desafiaram a autoridade imposta e ajudaram Jesus no seu caminho. Dos fracos diz-se, não reza a História, mas há muitas histórias que não rezam nem metade da força e da capacidade que o ser humano tem de amar e lutar.

Pensamentos e reflexões à parte, tanta coisa só para vos dizer: Tenham uma boa Páscoa, junto dos que mais gostam e acima de tudo ( entre amêndoas e ovos ) aproveitem cada momento como se fosse único.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Primavera ?!?!?!



E pronto! Vestimos as cores de Primavera e estamos preparados para o que há-de vir. Mesmo que ninguém saiba muito bem o que se segue. O governo, cai ou não cai? Os portugueses, aguentam ou não aguentam? O salário, chega ou não chega?
O que eu sei que chega é esta incerteza de não vermos rumo para chegar a lado nenhum. Austeridade, austeridade... e a bem da verdade os resultados estão à vista! ou melhor não estão, porque não se vêm, muito pelo contrário: estamos mais pobres, mais mal-humorados e desconfiados de que alguém saiba até onde conseguimos chegar.
Se na" teoria económico-psicológica" * são as dificuldades que nos impulsionam para chegarmos mais longe...fazer mais e melhor; eu pessoalmente estou a ficar um bocado cansada de dar ao pedal e não ver resultados nenhuns... é que isto do desemprego gerar novas oportunidades, fica bem na cabeça dos teóricos mas na prática só se vê aumento nas estatísticas do desemprego, nas horas de trabalho, na quantidade do mesmo e zero em incentivos que nos façam aumentar a motivação. Sim, porque sem motivação não há nada que nos faça andar a sacrificar a pele por muito tempo porque, que eu saiba, o masoquismo ainda se encontra na esfera dos desvios da normalidade.
Até o meu filho já descobriu que, se se esforçar um pouco, consegue bons resultados e com isso o aumento das minhas horas de satisfação e bom humor para além do orgulho de se sentir realizado. Ora se ele se esforçasse, conseguisse melhorar os resultados e eu ainda por cima lhe dissesse : "não foi o suficiente"! o mais provável era que ele me respondesse: queres melhor? faz tu, sdkirchwnerxcfuwqpaei!



Difícil de entender???  Pois eu também acho que não  =D






* a vossa atenção para o facto da dita cuja não existir a não ser na minha imaginação...

terça-feira, 19 de março de 2013

Audições e apresentações num dia especial






 Ontem foi dia de audições de Inverno. Fez-me lembrar duas meninas, há muito tempo, no salão nobre dos bombeiros.
Não sei se foi nessa altura que me começou esta mania que tenho de detestar palcos...deve ter sido..
De qualquer forma, cuido para que os meus pequenos vejam o palco como um chão subido, onde possam sempre demonstrar tudo o que sabem, o que conseguem fazer e o que se esforçam por conseguir ( o meu agradecimento  aos professores da escola de artes de sines pelo empenho e dedicação que têm demonstrado neste percurso)


Os tempos vão mudando e as preocupações são agora diferentes do que eram, sem dúvida!
De qualquer das formas é àqueles que se preocupam connosco que devemos toda a gratidão por nos ajudarem a chegar mais longe, com mais vontade e seguros das escolhas que fizemos.

A vida nem sempre é facil! Lidar com as nossas (minhas) explosões ( leia-se mau feitio desgraçado!) de certo que deve ser bem pior do que engolir uma maçã envenenada...






Mas é precisamente a esses que agradeço
toda a paciência que têm para aturar
este "monstrinho" demasiadas vezes adormecido

=)












Feliz dia Papá, és o melhor de todos os mundos !!!

e porque eu sei que estas coisas internáuticas são difíceis para ti, ponho aqui para que possas vê-lo bem =)








domingo, 17 de março de 2013

Decisões,convulsões e outras questões...




...e hoje foi o dia dos meninos ( já sei! estavam à espera que eu dissesse que era o dia do Senhor, mas já tivemos o nosso momento católico e como sabem, aqui há de tudo, como na pharmácia!) . Ao Domingo, sempre que posso e a profissão me deixa, gosto de os deleitar, e a mim, com um delicioso petisco confeccionado longe das mãos maternas que, diga-se de passagem, é uma sacrificada no que concerne a logística de sobrevivência familiar. Sim! eu faço parte da maioria dos " jovens" ( e porque não??!!) adultos que continuam a sobreviver à custa do " Paitrocínio". Falta de juízo! diriam vocês... sim, responderia eu, falta  de juízo de quem nos governa e que não soube proteger as gerações do endividamento, não soube proporcionar a educação necessária sobre politicas económicas, deixando-nos à mercê de grandes grupos económicos e bancários...e infelizmente ainda assim continuamos, mas de certeza não por muito tempo, que não há "Paitrocinio" que seja para sempre... adiante... como dizia, hoje foi dia dos meninos:  como mãe cuido para fazer o que os governantes não fizeram connosco, educá-los!

Hoje o dia foi dedicado às drogas: a saber, todo o período de convulsão social e descontentamento trás consigo muitos tipo de vício que tendem a ser um substituto dos horizontes que, por esta ou aquela razão, se perderam. Essa parte da lição já foi dada. Vicio é toda aquela substância que ao ser consumida altera, de alguma forma, a  percepção da realidade e sem a qual depois de se iniciar o consumo, o organismo não consegue "funcionar" devidamente. O jogo, o café, o tabaco, o álcool  são algumas das legais, tal como alguns medicamentos e depois temos as outras.
Não vale a pena escondermos o lixo por baixo do tapete, elas existem, estão aí à porta das nossas escolas, exactamente nos locais onde andam os nossos filhos, portanto nada melhor do que saberem e o que é e o que lhes pode fazer, para conseguirmos ajudá-los a combaterem a vontade de experimentar ou abusar. Não se iludam, não somos nós, pais, que vamos impedir que eles façam seja o que for, vão ser eles e sempre eles que vão decidir se querem ou não fazer. Nada melhor do que a informação para que possam decidir em consciência. E não é esta a base da democracia??

Nem sempre é fácil falarmos sobre determinados assuntos. Também não é fácil justificarmos as nossas fraquezas ( mas ó mãe, porque é que fumas?) e muito menos fazer desaparecer a imagem de super-herói que qualquer filho tem dos pais. Mas é esta a realidade, somos frágeis, susceptíveis de erro e a maior parte das vezes nem temos razão. Mas cabe-nos a nós demonstrar- lhes que ser humano é mesmo isso, que podemos voltar atrás para pedir ajuda e conselho e que sobretudo é na escolha, nas nossas escolhas, e na procura que fazemos para escolher em consciência, que podemos e devemos fazer toda a diferença à sociedade.

...e vou, que se faz tarde e dizem eles que amanhã começa uma nova semana...inté!




quarta-feira, 13 de março de 2013

N` A Companhia de Jesus

Habemus Papam!




Veio do "fim do mundo". Denominou-se Francisco, o primeiro a fazê-lo na longa história da Igreja católica, Jesuíta . Tem como raízes de nome e de congregação o dever da educação, da evangelização missionária e sobretudo da humildade...

e até tem facebook

Parece que Deus, na sua misteriosa grandiosidade, ouviu o que o que lhe pedi. Esperemos que o homem lhe siga as vontades...

Um Jesuíta tem como dever iluminar o mundo através da educação para a humanização. Um latino-americano deve, como legado ás suas origens, conhecer as dores e as necessidades daqueles que vivem todos os dias no limiar do pouco mais que nada. Partilhar é preciso, humanizar é necessário, trazer a felicidade ao coração das gentes uma mais valia necessária em tempos de crise. Nós, católicos e habitantes da aldeia global, damos-te a nossa benção! Bendito Sejas.




Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.

Oração de São Francisco de Assis 

E só por acaso uma das minhas favoritas =) ....



(Re)Pensando a União



" Os analfabetos do séc. XXI não serão os que não sabem ler nem escrever mas sim aqueles que não saibam aprender, desaprender e reaprender" 

                                                                            Alvin Toffler


...E lá vamos nós outra vez! a vida é como o carrocel  "A Selva" , cheio de subidas e descidas que, se bem reflectidas e interpretadas, mais não são do que repetições reajustadas de situações idênticas.

Voltei á escola. É neste momento que me sinto outra vez como a menina de carrapito no alto da cabeça, de sorriso (bem armado) na face, prontinha para me tentarem imprimir de novo  tudo o que conseguir desencantar de todos os cantos do conhecimento.   A diferença é que o mundo mudou muito e com ele as formas da educação. Tanto que não haverá já quem me imprima nada. Apenas a vontade que eu demonstro ou não de querer imprimir em mim alguma coisa me fará aprender .

Pois sim! Finalmente chegámos áquela fase em que só nos é permitido aprender o que realmente quisermos aprender. Logo, só iremos mudar a forma de actuar, perante a vida e as situações, se realmente deixarmos que se imprima algo de novo em nós ( a viajar na maionese??!! pois! eu passo assim a maior parte das horas dedicadas à meditação transcendental de como transformar os meus sonhos em algo de completa impossibilidade de compreensão... love it!!)

O processo de Bolonha trouxe à educação a  já tão conhecida harmonização que a nossa União tanto anseia. Independentemente de europeista ou não, a união está aí, existe, é uma realidade mesmo que por vezes nos pareça uma coisa vagamente longínqua, que toma forma, por vezes desajustada, lá para o lado de Bruxelas. O que me incomoda nisto tudo é realmente esta necessidade de harmonização que me parece, para além de provavelmente na realidade impossível, limitadora da necessidade da existência de polos opostos para que se debatam as ideias. Ora bolas! se formos todos iguais provavelmente passaremos a ser uns " sensaborões", de pontualidade britânica e organização alemã, poupados como os suíços e submissos como os países de leste! O que faremos à siesta espanhola, ao trânsito italiano e à gula portuguesa??? Pois que se harmonizem procedimentos mas por favor que se continue a tratar cada povo com o devido respeito às suas tradições e costumes, sabendo que toda a sociedade evoliu através da incorporação de novos costumes de que se apropria somando às suas as novas caracteristicas...

...e isto tudo para dizer que um povo é muito mais do que a soma das suas gentes e um individuo é muito mais do que a soma de todas as suas caracteristicas. Para se compreender alguma coisa é necessário reflectir sobre ela, estar disposto a criar hipoteses e abandoná-las se não servirem. O método científico é uma coisa maravilhosa que começa tão somente com a formulação de uma pergunta. Perdermos o sentido questionador e acatarmos tudo o que nos é proposto sem questionarmos a sua eficácia é perigoso e tornarnos-á susceptíveis de "ataques" externos á nossa autonomia e soberania. Podemos ser uma união, mas esta só o poderá ser se na realidade mantiver protegida a identidade ( leia-se tradições, costumes etc e tal) e o respeito pela diferença de características de cada um dos seus membros...








"Asa que possa andar no firmamento,
Só caminha no chão por cobardia"


                                       Miguel Torga                           


                                                     "O Universo não é ideia minha
                A minha ideia de universo é que é ideia minha"



              Alberto Caeiro ( heterónimo de Fernando Pessoa )

sexta-feira, 8 de março de 2013

Verdadeiramente mulher

paridade
(latim paritas, -atis)


s. f.
s. f.

1. Qualidade do que é par.DISPARIDADE, IMPARIDADE

2. Qualidade do que é igual ou semelhante. = ANALOGIA, PARECENÇA
3. [Economia] [Economia] Equivalência ao curso cambial das moedas entre dois países ou duas praças cambiais.
4. [Matemática] [Matemática] Propriedade de um número em relação a ser par ou ímpar. = PARILIDADE
5. [Portugal: Alentejo] [Portugal: Alentejo] Rebanho de coelhas paridas.



(é sempre bom saber, que no Alentejo, paridade significa um rebanho de coelhas paridas ??!!)

Apesar de se encher a boca e dela saltarem, com expressões até musicais, as palavras igualdade e fraternidade, os números não mentem...





Começámos há cerca de 2 séculos a lutar pela igualdade e hoje, ainda a caminho, permitam-me transformar o conceito e ajeitá-lo à nossa própria feminilidade, dando-lhe o nome de paridade.

Somos diferentes ( pois claro que somos) tanto em género, como angulo de visão, mas lutamos, quando nos permitem, exactamente pelos mesmo objectivos: uma vida melhor, seja lá qual for a percepção que tenhamos disso. Continuo a não concordar com os sistemas de quotas, mas acredito serem necessários para manter a tal paridade , já que qualquer carreira ou qualquer entidade patronal, ao considerar uma mulher deve, para bem de todos nós, ter em consideração a nossa mais especifica qualidade: a maternidade;  infelizmente a competitividade muitas vezes não considera o tempo necessário e essencial para estabilizar fortificar os laços permitindo um crescimento saudável e a estabilidade emocional do novo conjunto familiar.




Nenhum dos poderosos desta vida nasceu sem ter uma mãe ( até Jesus necessitou de uma!), embora qualquer ser humano possa tomar conta de outro. Mesmo que as próprias mulheres, na ânsia da apregoada igualdade, se queiram androgenizar e muitas vezes incorporar comportamentos tipicamente masculinos, a maioria, apesar de valorizarmos muito os nossos direitos, não dispensa os característicos tiques de feminilidade que nos caracterizam.

Mudar comportamentos é dificil, já o sabemos, e são necessários anos até que qualquer ruptura tenha efeitos visiveis nas forma de agir, trilhando-se por vezes caminhos errados na ânsia da conquista não se sabe muito bem do quê... Passar de protegidas a donas e senhoras do próprio destino implica responsabilidades e esforços que muitas de nós não estão ainda dispostas ou não sabem como  assumir. Tal como a sociedade civil teima em desresponsabilizar-se de muitos dos problemas existentes, passando para as mãos de outros a resolução dos ditos, também muitas de nós preferem ainda a procura da proteção e da segurança que supostamente nos trará a felicidade. Mas o mundo mudou e a felicidade, hoje, implica uma série de conceitos que não eram tidos em conta antiguamente e que estão essencialmente ligados à realização pessoal.

Sim! uma mulher não é só mãe, nem esposa, nem dona de casa, mas também não é só moda, compras e consumismo. Tal como qualquer homem, temos objectivos, esperanças e sonhos que vão muito para além da maternidade e que têm que ser respeitados pelos nossos pares, sem que para isso seja preciso perder as tão preciosas caracteristicas femininas.

Somos pilares de sobrevivência. Durante séculos fomos as operárias, muitas vezes invisiveis e maltratadas pela história, que permitiram o sucesso de muitas campanhas: a mão que cura , que alimenta, a fada que reequilibra as forças.  Não deve ser à toa que a sabedoria popular - que trás muitas vezes o conhecimento prático da vida e a certeza de que em qualquer altura se podem alterar
os principios e os fins de tudo - diz que por trás de todo a grande Homem está sempre uma grande Mulher ( querem melhor exemplo de paridade??? e já se sabe ...qualquer alentejano que se preze tem um cruzamento muito sexual entre o parir e a verdade =P )



quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Universalisar Grândola

da exposição sobre a vida e obra de Zeca afonso


É verdade! nasci aqui. Pouco antes de chegarem os 80, pouco depois da revolução . À direita do jardim, de quem olha de norte para sul, numa casa particular, sem qualquer tipo de anestesia ( o que hoje, pode parecer uma tarefa impossível para muitas: ao fim de longas 52 horas de sofrimento, cá estava a moça!)



casa da D. Maria José uma das parteirasda vila na rua D. Ana Luísa da Cruz Costa, benemérita da vila (duou uma parte da sua fortuna para obras humanitárias em prol da população desfavorecida)


Hoje partida e de aspecto abandonado, foi esta a casa que viu nascer muitos dos Grândolenses, numa fraternidade, que à esquina desta ou de outra rua qualquer, nos tornava amigos na necessária convivência conjunta independentemente das lateralizações do pensamento ou da ideologia. Até porque a minha natureza genética foi, como quase toda a gente sabe, construida por um braço direito e por um braço esquerdo.

Considero-me acima de tudo Grândolense e Portuguesa, muito mais do que lateralmente tendenciosa: gosto de pensar em mim como livre pensadora, libertada já, por honra de local e data de nascimento, de antiguidades e mentalidades que nos prendem a um tempo em que quase todos os que conheciam a verdade tinham vontade de a mudar, mas poucos tiveram a coragem de o fazer - faziam-no no dia a dia, "contrabandeando" afectos e atenções para com aqueles que o estado, à data, não protegia.

Nesse tempo a verdade do dia a dia prendia-se na necessidade do trabalho, muitas vezes arduo, para se sobreviver; na boa vontade de alguns, mais bafejados pela sorte , pelos outros e talvez daí a tão aclamada fraternidade, tipica das nossas gentes, que ao Zeca pareceu estranha, num tempo em que já se assumavam nos horizontes os ventos da capitalização...


 
 
 
 
 
Foi um sonho que nos adormeceu a todos, que nos fez esquecer que o dinheiro nasce do fruto da produção e não nos é dado a ganhar pelas mãos dos outros, com a certeza de que se assim for, alguém nos vai cobrar de volta o que nos "ofereceu"! Pior do que tudo isso, porque essa verdade já nós a sabiamos ( embora esquecida), é ver que agora, pintados e lateralizados com as cores da liberdade, foram alguns dos que se proclamaram salvadores ( ou os filhos, primos, tios, afilhados e etc e tal, exactamente como antigamente) que nos levaram de novo à necessidade urgente de acordar, se não quisermos voltar de novo à miséria de outros tempos.
 
E entenda-se que por miséria considero muito mais do que a falta de dinheiro, a falta de cultura e de conhecimento sobre aquilo que é nosso...
 
Se for em nome da cultura, do progresso, das gentes novas e velhas (que somos todos humanos),
 
vamos lá meu povo
 
 
 
 





se for por interesses lateralizados, eu prefiro a minha livre independência !

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Em memórias


Talvez seja um túnel, escuro e fundo, por onde caminharás sozinha, procurando por algo que te identifique, algo que a tua memória leva guardada, impressa nas marcas que a carne vai deixando o tempo marcar.





Talvez haja uma porta por onde possas entrar, talvez a reconheças, talvez já tenha sido um pouco tua, alguma vez, em outros tempos...


Talvez haja luz ... o sol virá beijar-te as faces, pintando as cores que o sangue bebeu quando o calor que ficou connosco te abandonou o corpo...


A vida é um caminho que ninguém comprende, ou sequer sabe onde vai dar! podemos jogar às escondidas com o destino ou às adivinhas com o futuro, mas a verdade é que é o desconhecido e incerto que nos guia...


Felizes dos que têm a luz e o calor de outras vidas que se vão entrelançando em si, preenchendo-a e dando-lhe um sentido, seja ele qual for. Que sigam connosco esse sentido, em companhia mutua e aconchengo, iluminando os lugares escuros e frios que temos também que percorrer...



e sabendo-te na paz de um horizonte longíquo, a calma pode vir então banhar-se na solidão que deixa o teu lugar, porque o meu livro terá um capítulo preso com a mola da tua presença, o que de mim seguir em frente levará ainda consigo para a geração que estiver por vir as lembranças do que foste


porque é das coisas simples que guardamos sempre, as melhoras memórias....

Desejo-te a melhor de todas a viagens



Para a Coia com o sincero obrigado 
por ter deixado as suas marcas impressas 
no livro da minha vida





terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Reanuncio da boa nova!



O papa Bento XVI renunciou...e a Igreja católica chega assim,
finalmente, ao séc.XXI.
Sou católica, apostólica, mas não sou romana, sou portuguesa e bem!

A Instituição Igreja tem demasiadas responsabilidades civis e humanas
para se recusar a entrar no novo milénio. Tentar manter uma
instituição a funcionar como o fazia à séculos atrás é no minímino uma
irresponsabilidade.

Há 600 anos que um papa não renunciava . Diz Bento XVI e bem: "No
mundo actual, sujeito a rápidas transformações e sacudido por questões
de grande relevância para a vida da Fé, para governar a barca de S.
Pedro e anunciar o Evangelho é necessário também vigor, tanto do corpo
como do espírito...."

Esperemos que o conclave e o colégio dos cardiais reconheçam a mensagem
explicita que Bento XVI pretendeu enviar: ele,  ainda no poder das
suas faculdades, resolveu renunciar para que não fique a sua história
marcada por decisões que pode já não ser ele a tomar se se mantiver no
lugar. Um Papa que viu a sua confiança ser traída e os seus "operários"
com condutas menos próprias,  percebeu que
alguma coisa tem de mudar!

A Igreja tem responsabilidades na educação, no apoio e
segurança sociais: não pode ser a ultima a admitir a igualdade das
mulheres; não pode fingir não ver que a sexualidade faz parte da vida
humana e que pode ser veiculo facilitador de doenças, fome e pobreza.
Deus disse: " Crescei e multiplicai-vos" (génesis 1.28) mas não disse
"comei-vos uns aos outros" . É necessário reconhecer as limitações e
capacidades do planeta Terra e tentar através da educação dos povos
manter a tranquilidade social, o reconhecimento das igualdades de
direitos, a fé e a esperança num mundo mais justo, que nos capacite
uma melhor qualidade de vida, com respeito pelas diferenças de cada
povo.

João Paulo II pediu desculpa aos judeus pelas calamidades do
holocausto, agora que a Europa atravessa um novo momento de crise, é
necessária a paz e a compreensão para levar o barco a bom porto.

Jesus veio anunciar a boa nova, nasceu num berço sem luxos, não
para que nos tornássemos todos pobres mas para mostrar que somos
todos iguais independentemente do berço onde nascemos.

" Amai-vos uns aos outros como eu vos amei"e que a Igreja Católica aproveite esta
oportunidade para mostrar aos outros poderes que a sua riqueza pode e
deve ser distribuida por todos pela melhora das condições de vida,
pedindo apenas por juros que os povos sejam Justos perante o próximo!


( ...e já agora, desçam-no do trono que está desapropriado à doutrina!)

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Adonçando as palavras



Amasso-me por entre os compostos que cozinham as emoções, peneirando pozes de sabor agridoce, ora picando, ora adoçando os paladares de exoticas ou mais caseiras viagens.
Desfaço-me em mil paragens, que nunca parando, se desenrolam em fios de letras combinadas, formando frases, teorias, pensamentos ou simples melodias de significados incertos, porem desertos de se encherem de vida , de outras vidas que em sede, se saciam de sonhos cremosos coloridos e majestosos. Como uma criança de roda por entre as saias e os temperos, viajo na minha propria imaginação chegando lá, onde a palavra se traduz nas imaginações alheias...

Voltei onde a minha alma falta alto, ao desespero das incertezas de um sem sabor, sabendo o sentir de tantas vidas, com ou sem um sentido de doçura repartida...



quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Um belíssimo corte



Por acaso acho piada... num país de negócios da China,  as imitações já se tornaram legais... ou não, só que é muito mais fácil fingir que não se percebe, para não ter que dizer que se errou... ou então sou eu outra vez com a mania que sou boa ...




... é tão mais fácil dizer que a culpa é toda dos outros... mas também num país que começou à estalada entre mãe e filho, o que é que se podia pedir mais!!!


( deve ter sido a febre que me fritou os neurónios...)

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

um síndrome viral

Neste momento sinto-me, mais ou menos, como um frango no espeto a dar voltas!




Uma parte apanha frio, outra esturrica, ora bem não estou a bater o dente, ora estou a alagar-me em água! Esta coisa de que determinadas situações só acontecem aos outros, não é bem assim...Ora venham-me lá dizer que por ser enfermeira, não tenho direito a ser uma piegas de primeira quando me sinto doente, venham, venham!... Logo vêm a resposta que levam...



Mas da forma como as coisas começaram este ano, bolas pá! também não era preciso tanto para demonstrar que ia ser difícil!

O que vale, é que apesar dos pesares, os portugueses continuarão sempre a ser os mesmos "idiotas".

As melhoras para mim! =D

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Onde é que eu já vi isto antes?

... e já agora por falar em mudanças e arrumações:

Dantes, se me falassem em Lello, lembrar-me-ia das enormes enciclopédias que faziam parte das estantes lá de casa, com significados e interpretaçõeses de tudo e mais alguma coisa. Hoje em dia, as estantes deste país estão carregadas de outro tipo de Lellos que se preocupam com tudo e mais alguma coisa, menos com o que realmente importa, que é a qualidade de vida das Pessoas.




Este sentido de Estado é no mínimo estranho e assim não admira que os mortos se levantem , nos cadernos eleitorais, e venham votar porque os vivos já não lhes ligam nenhuma...


























 
 
 

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Um lugar... em qualquer lugar


Sou uma "apegada". Apego-me às coisas como se depois delas nada mais pudesse haver ( desde menina); guardo ainda as bonecas favoritas, os bilhetes de viagens singulares, toda uma parafernália de lixos sentimentais que têm apenas e só o valor que lhes dou e na maior parte das vezes não servem para nada senão para fazer monte. As separações são-me dificeis ( Freud explicaria isto facilmente. Assim como tantos outros, e até eu, mas não me apetece e nem voces têm nada com isso) mesmo que eu saiba por A+B que ficar é insustentável, mudanças nunca me foram fáceis.

A bem dizer, já nem sei há quanto tempo ando por aqui a phomentar. Uns dias mais divertida, outros mais chata, e outros ( muitos) mais lamechas ( confesso sou de uma lamechice de envergonhar qualquer caramelo que se digne do nome) .  Agora decidi mudar de visual ( espero que me saia melhor do que o corte de cabelo, que por incrivel que pareça não consigo dominar de jeito nenhum). Nunca fui perita em arrumações, bem pelo contrário, o meu forte é mesmo desarrumar tudo.Por isso não se admirem se de cada vez que aqui voltarem ( supondo eu que até voltam) esteja tudo completamente diferente. Tenho muita dificulade em ficar satisfeita, e para mim nada está suficientemente bom. É mau ,eu sei, sofro isso na pele.
Vou tentar mudar o visual do sitio ( mudanças de sitio também já vão começando a ser comuns...), a ver se a coisa melhora, ou então não... é que , como dizia a minha avó: para baixo, todos os santos ajudam, pra cima só um ( e agora até já coxa está a começar a ficar) . Senhor: dai-me paciência, porque se me dás força...não há moral que me aguente!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Os caminhos da Alma

A vida tem coincidências engraçadas ( e são elas que tornam tudo tão mágico!). Embrenhada no meu currículo (por motivos profissionais) descobri, nos ultimos dias, que a maioria das vezes damos tão pouca importâncias às inúmeras coisas que fazemos na vida. São experiências que nos ensinam, nos transformam e nos moldam; fazendo de nós o que realmente somos. 

Andavam eu nestas andanças , quando me informam que alguém, por amor à terra ( de onde provêm metade do código genético que me calhou) e por gostar do que leu, decidiu falar sobre o meu livro.




Passados dois anos sobre o lançamento, parece que foi à tanto tempo, numa outra vida =).

Mas não foi, e ele fica ( como tudo o que fazemos ) como marca do meu percurso, para quem vier depois, apreciar e avaliar da forma como entender.
Foi uma oportunidade incrivel, uma experiência diferente, que me permitiu conhecer diversas pessoas, algumas que ficaram como grandes amigas e outras que pontualmente reencontro e que continuam o seu precurso, nesse caminho literário.
A poesia nasceu comigo, mas não é a minha vida, e outros valores mais alto se levantam. Não digo que não voltarei a escrever, até porque se assim fosse não estaria aqui nestas, mais ou menos, amenas cavaqueiras o.O ( llooll )  mas não são a minha prioridade.
Agradeço ao sr. José Raposo Nobre, assim como a todos os que me apoiaram e incentivaram e cá vou andado para a frente com o destino que me calhou...


E já agora aproveito para vos convidar para assistirem ao lançamento do Romance do Sr Osvaldo Énio, grata pelo convite que me fez, mas a que não vou poder assistir. Desejo-lhe as maiores felicidades e sorte neste novo livro e num mundo onde, por uma vez, gostei de partilhar...




é dia 26 Janeiro, na biblioteca municipal de Santo André, pelas 16h.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Dar um sentido de estado (do sítio)




 De todas as coisas, a  que mais me preocupa (diariamente), é a dúvida contínua se tomarei as decisões acertadas em relação à educação dos meus dois futuros homens. Acredito piamente na tal expressão corriqueira que diz: " é de pequenino que se torce o pepino" e eu gostaria que ambos os meus rapazes aprendessem a "torcê-lo até ao tutano", ou seja, que aprendessem a tentar perceber, sempre, o porquê das coisas. ( vá pronto! é verdade, o que eu quero mesmo é encher este país de mafaldas em ponto grande!)


Educar, muito para além de ser mãe ou pai, é sobretudo oferecer àqueles que de nós ganham o dom da vida, as ferramentas básicas para a sua própria felicidade. Isso implica bases, e as bases são nada mais nada menos do que o respeito pelos valores que nos tornam diferentes do outros animais que competem indefinidamente pelo direito à vida.  Quero acreditar que já estamos muito além desse patamar, e que , apesar dos muitos maus exemplos que por aí se vêem, o direito à vida, hoje, se refere à dignidade e ao respeito pelo outro na sua diferença e também na sua igualdade - ao respeito pela honra, pela palavra dada, pela amizade como um valor superior a qualquer outro que se possa transformar em corriqueira grandeza de um pouco mais que nada -  pois que no final seremos sempre todos iguais, e dos fracos e afins não reza qualquer verídica história.


Por falar em rezar : espero que por valores se entendam valores morais e não outros de qualquer outra espécie que possam andar misturados, sem nunca esquecer que os nossos valores devem sempre dar a primazia do amor ao próximo ( sim eu sei, sou repetitiva, mas esta coisa  do desrespeito pelas liberdades fundamentais; o uso e abuso dos poderes como se eles fossem dogmáticos, " pôe-me em estado de sitio" !)






sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

... e afinal, ele já cá está =)

 
Por vezes é necessário termos esperanças realistas. Não esperar demasiado, não aumentar expectativas, não " dourar a pílula" para que ela não venha a ter um "sabor amargo".
 
O novo ano chegou ( chegava mesmo que não o quisessemos) e era necessário que assim fosse, porque necessitamos de renovações, mesmo que simbólicas, para mantermos viva a chama da esperança.  O ser humano faz-se, para além de vida vivida, de formas de vida projectadas, pensadas, elaboradas. É a nossa percepção do que nos rodeia, que nos ajuda a processar o que nos acontece e preparar o que pode acontecer. Um planeamento definido aliado a um trabalho arduo oferece-nos garantias: perpectivas, segurança e confiança.
Confiemos que 2013 será um ano melhor. Mesmo que todos os dias nos encharquem com pessimismos, violências ou essa nova moda do culto da desgraça, acreditemos que ( à nossa escala) poderemos marcar a diferença. 
 
Acreditar no trabalho daqueles que nos dizem algo, que nos acrescentam, que sabemos que prestarão as suas contas e que manterão as suas ideias e valores, mesmo que por vezes à custa de algum esforço pessoal, é sobretudo acreditar no ser humano, como "algo" muito para além do mundo animal: um ser complexo, maravilhoso e dotado de capacidades únicas como capacidade de querer, amar e imaginar.
 
 
 
 
 
 
 
 



a primeira imagem retirei daqui e as outras do "amigo" google  =)